segunda-feira, 8 de agosto de 2011

BRASIL


BRASIL, um país de contrastes, preconceitos e hipocrisia.

Dizem que o nosso país é tolerante. Um país rico. Ledo engano. Essa é a aparência que querem mostrar ao mundo lá fora, ou ao menos tentam.  O Brasil é um país de enganos. Sei que é chover no molhado, mas desde que o Brasil foi “descoberto” vem sendo saqueado, antes pelos portugueses que nos colonizaram, depois por outros países que também queriam nos colonizar e agora, pelos próprios brasileiros. Diante desta premissa, posso até concordar que o Brasil é um país rico, pois apesar dos saques continua com riquezas. Um complexo paradoxo. Nossas matas gritam por socorro todos os dias, quando madeireiros deste e de outros países cortam pela mais pura ambição. Nunca é suficiente. Corremos o risco de qualquer dia desses termos o nosso “deserto do Saara”. Nossos animais também pedem socorro, sendo contrabandeados para o mundo inteiro.
Mas o que mais dói, com certeza é a destruição do nosso orgulho. Estamos infectados com um câncer que se chama CORRUPÇÃO. Nada é suficiente para aplacar a sede e fome dos nossos políticos que levam muito a sério a chamada Lei de Gérson, onde querem levar vantagem em tudo. EM TUDO. Milhares de pessoas sofrem com os mandos e desmandos de políticos (os maus políticos, claro, porque apesar de tudo ainda existem os que querem construir realmente um pais sério (mas esses são poucos e são engolidos pelos “outros”). Todos os dias deparamos com os escândalos envolvendo este ou aquele político. É vergonhoso. No Brasil, atualmente estamos refém dos meliantes, seja traficante, seqüestrador, ladrão, latrocida ou estelionatário, seja do colarinho branco. As cadeias não são suficientes e as leis não são suficientes (até porque falta serem aplicadas). Como ser sério e acreditar na Justiça, onde até mesmo juízes vendem sentenças para garantir sua “aposentadoria” tranqüila. E o povo? E O POVO?
O povo paga a conta.
Calado.
Até quando?
Um dia a bomba estoura.

Celebra-se que o Brasil é um pais tolerante, onde todas as raças e credos convivem na mais perfeita harmonia. Realmente a maioria das religiões universais conseguem conviver harmoniosamente. Mas ainda assim, o país mascara seus preconceitos. Vivemos a era do chamado politicamente correto. Falar a verdade, seja ela qual for, é errado. Não consigo entender. Não podemos chamar o negro de negro porque é racismo. E se ele me chamar de branquelo? Não é o mesmo princípio? Ele vai deixar de ser negro? Quer algo mais racista que a chamada COTA PARA NEGROS, para faculdades e / ou outras pretensões? Não entra mais pelo mérito da pessoa e sim por causa da sua cor. Dê condições de um estudo melhor e verá que ele, seja negro ou não, conseguirá vaga nas melhores faculdades, sem depender de cotas. Tenho amigos negros. Não posso mais chamá-los de negão ou neguinho? O que tem que valer é o respeito à pessoa, seja ela quem for seja ela de que cor e raça. Não se pode mais chamar o pobre de pobre porque parece que está xingando, mesmo sendo verdade. É politicamente correto chamar a mulher da vida de garota de programa, mas não pode mais chamar de PUTA, como antigamente, nem prostituta. Está ferindo a honra. Sei que em tudo isso tem que haver o sentido pejorativo. Mas como ver o sentido em chamar um homossexual de VIADO, de GAY. O país está ficando homofóbico, sem saber. Outro dia vi na internet que um pai quase ficou sem orelha porque estava abraçado com o filho de 18 anos, simplesmente porque acharam que eram um casal de gays. Estamos perdendo a cabeça. Estamos virando um país de hipócritas, onde dizemos uma coisa e fazemos outra. O assunto é espinhoso, eu sei, e cabe muitas discussões. Mas temos que colocar a cabeça para pensar e refletir para onde estamos caminhando. Para um país do futuro, rico e alegre ou para um país que vive na idade média, como condenamos aqueles do Oriente Médio, cheios de fanatismos? Pense um pouco. Também somos fanáticos. Temos que ter os valores de antigamente, onde me ensinaram que bandido é bandido e polícia é polícia e aquele tinha medo deste. “Apanhar” do pai era uma simples correção pelo que fizemos de errado. Agora o pai vai preso e o moleque acha que é o super-homem, com um imenso poder. Os casos de abuso tem que ser condenados, mas não podemos nos deixar levar e dar um poder a quem nem tem condições de se sustentar ou de fazer qualquer escolha que o leve a uma vida confortável.
O Brasil quer ser um país reconhecidamente rico e do futuro. Mas tenho medo. Muito medo. Se continuarmos a atirar nas nossas próprias pernas não teremos como seguir em frente. Temos que acabar com os nossos preconceitos, velados ou não.
Como diria um poeta já falecido (homossexual – sem preconceitos): QUE PAÍS É ESTE? Isto foi dito há pelo menos vinte anos. Será que daqui a mais vinte anos continuaremos a dizer essa frase?
Espero sinceramente que não. Pelo amor que tenho pela minha filha.

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