quarta-feira, 15 de março de 2017

VIAGEM LITERÁRIA - Conto A Serpente Marinha - Lendas Marinhas

A Serpente Marinha






Por Antonio Henrique Fernandes


Olsen gostava de navegar e essa paixão pelo mar foi transferida para seu filho Steffensen, que o acompanhava algumas vezes. Sempre que podiam saiam em viagens pequenas nas proximidades de seu país, navegando pelo Mar do Norte ou pelo Mar Báltico, utilizando o seu veleiro.

Tradicionalmente, sua família era de pescadores e tinham uma grande empresa de pesca., onde o produto normalmente eram o atum e o bacalhau. Ficaram ricos trabalhando muito e duro.

Desta vez, com a chegada do verão e a chegada das férias, a intenção era de passar mais tempo em águas salgadas mais mornas, abaixo do Hemisfério Norte. Visitar climas mais tropicais.

Era uma ideia boa essa de Olsen, quando planejou essa viagem, meses antes, e não só iria com seu filho Steffensen, levaria também a esposa Iven e a outra filha, Nika. Todos gostavam de navegar, mas o filho mais velho era quem tinha mais experiência, além do pai.

Assim, se prepararam, colocaram todo o mantimento que iriam precisar, até a primeira parada, muito provavelmente em alguma cidade litorânea de Portugal, além de preparar todo o equipamento a ser utilizado na viagem dentro do veleiro.

Os primeiros dias foram muito agradáveis, e logo chegaram a aguas mais mornas, céu azul e sol forte. Praticamente um cruzeiro. O objetivo era atingir a alguma ilha no Caribe e passar dias de sol praia com águas quentes, até porque onde moravam o clima mais quente era novidade. Mesmo no verão, a Noruega não era um lugar muito quente.
Como programado, chegaram a uma das ilhas do Caribe e aportaram e, sendo o local um resort, passaram alguns dias bastante alegres de muito sol e praia quente e areias brancas.

A visão de uma tempestade se aproximando fez com a viagem de volta da família fosse adiada em alguns dias a mais, afinal, não seria muito prudente pegar essa tempestade em alto mar.

E realmente a tempestade foi muito grande, com ventos fortes e ondas altas, um sonho para qualquer surfista, mas ainda assim perigosamente fatal.

Quando a tempestade foi e levou sua fúria, Olsen e sua família seguiram viagem de volta para a Noruega. Depois da tempestade pegaram vários dias de muito sol e mar tranquilo. Fizeram a coisa certa ao esperar mais um pouco, mesmo que tenha custado um pouco mais de suas reservas.

No meio do caminho passaram a algumas milhas náuticas de um navio mercante e quando Olsen pegou o rádio para se comunicar e trocar informações, muitas vezes preciosas, algo que viu deixou o rádio entre o suporte e a sua boca.

Inicialmente pensou tratar-se de uma baleia, algo até mesmo normal por aquelas águas, até que viu o dorso acima da água e a cabeça do bicho acima, e definitivamente não era uma baleia. Era algo que só vira em livros de fábulas e antigas histórias de pescador. E se alguém tinha visto antes, muito provável que não tenha sobrevivido ao ataque.

Olsen e sua família se assustarem ao ver o tamanho da fera que atacava o navio, parecia um dragão, mas Olsen sabia do que se tratava de uma serpente marinha. Uma enorme, feroz e ao que parece, bem faminta serpente marinha.

Mesmo distante, o barulho do navio sendo esmagado pela serpente era horrível. Metal sendo retorcido. E tinham certeza de acima disso ainda ouvirem dezenas de vozes gritando por socorro.

Ao mesmo tempo, ouviram também o pedido universal de socorro vindo do rádio, mas nada podiam fazer. Nada poderia ajudar aquelas pobres almas, a não ser um navio de guerra, no entanto não havia nenhum ali, apenas um veleiro com quatro tripulantes.

Não demoraram muito para vissem o navio ser completamente engolido pelas águas salgadas, todo enrodilhado pela serpente. Minutos depois era como se o navio nunca tivesse existido.

Rezando para que a fera oceânica se abastasse com o navio, Olsen seguiu viagem com a sua família, pois não tinha muito o que fazer.

fim



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