terça-feira, 15 de novembro de 2011

Meu Período em Brasília, ou melhor, em Taguatinga

Como eu já disse em outra ocasião, ficamos de morar em Brasília, isso seria no ano de 1986, quando meu irmão caçula faria um ano de idade. No entanto, não aconteceu e como contei antes, me prejudicou um pouco na escola, mesmo assim passei.  Susto passado e em dias com a escola, no ano de 1987 realmente fomos morar em Brasília, mais precisamente em Taguatinga, onde residia minha falecida avó, genitora de minha mãe.
Na viagem foi até uma amiga nossa, vizinha da gente, a Lurdinha, infelizmente também já falecida. Ela se deu muito bem com minha prima Cecília. Sabe como são as mulheres né. Bom, Lurdinha não ficou muito e logo retornou para Porto Velho. Nesse período teve um episódio que é daqueles de você querer esquecer. Eu, todo garboso, querendo me mostrar para minha prima Cecília, um ano mais velha do que eu, a convidei para o Park Shopping no Plano Piloto de Brasília, mas, pegamos o ônibus errado por um detalhe que me passou despercebido. Não tinha percebido que o ônibus tinha uma plaquetinha indicando que passava em frente ao shopping, e o que pegamos não havia essa plaquetinha. Resultado: fomos parar bem longe do local. Descemos do coletivo e andamos, andamos, até cansar e depois não teve jeito, tivemos que voltar pra casa. Foi um dia para esquecer (na época, claro. Hoje são saudosas recordações – hehehehe).
Bom, nos instalamos na casa de minha avó, dona Jordelina, em Taguatinga. Conseguimos as transferências e começamos o que seria uma vida nova em outro lugar. Não foi muito difícil conseguir nos ajustar ao local. A vizinhança era muito legal. Logo no primeiro dia já nos chamaram, eu e meu irmão para jogar bola, aí sabe como é né. Rapidamente fizemos amizade. Eu tinha 14 anos na época.  A amizade com os vizinhos era muito boa.
Quando não estávamos jogando bola, havia os jogos de tabuleiro. Digamos que nós introduzimos esse tipo de diversão por lá. Jogos como Banco Imobiliário, Cara a Cara, Master e outros. Mas o que realmente gostávamos era dos campeonatos de futebol de botão. Tinha um vizinho com uma mesa de jogo enorme, então cada um tinha seu time. Eu que fazia os campeonatos. Era ótimo.
Na escola também não foi difícil adaptar. Na minha sala tinha um vizinho, o Gilson, que era bem mais extrovertido do que eu, claro. Mas me dei bem com os professores. A média não era em números, era em conceito, tipo SS, MS, MM, MI. Na prova tinha a nota, claro. E a média não era sete, como aqui, era cinco. Uma maravilha. Com o que eu tinha aprendido aqui lá eu era quase o melhor aluno da sala. Acostumado a tirar notas altas, principalmente em inglês e matemática.
Não, não arrumei uma namorada. Lá, como cá eu também era tímido. Até gostei de uma mocinha loirinha, linda, mas ela não dava bola para este que escreve.
Agora, briga, sim, isso teve. Como irmão mais velho tive que proteger meu irmão que foi provocado. Levei uma surra astronômica, mas vinguei no futebol. Meu time ganhou do cara de lavada. Hehehehehe.
Meu pai ainda trabalhava em Porto Velho e mandava dinheiro todo mês. Nessas ocasiões, minha mãe ia até uma agência bancária no centro de Taguatinga e eu ia com ela, sempre. Ela recebia a OP (ordem de pagamento – isso era na pré – história; hoje só fazer uma transferência e pronto), colocava o dinheiro no bolso da calça e íamos até as Lojas Americanas lanchar. Houve uma vez que havia uma mulher no banco e até puxou conversa. Depois que saímos fomos lanchar como sempre e depois seguimos para a parada de ônibus. A dita mulher estava lá. Quando entramos no ônibus, estava muito cheio e a bolsa da mamãe foi para trás e a mulher abriu, puxou a carteira e fugiu. O motorista avisou e eu corri atrás da mulher, mas não consegui achar mais a ladra. Mas a alegria dela durou muito pouco. O dinheiro que a mamãe recebeu não estava na carteira. Ela não observou quando a mamãe colocou o dinheiro no bolso da calça que era enorme. E somente colocou trocados na carteira junto com os documentos. Dias depois telefonaram para casa avisando que tinham encontrado a carteira com os documentos. 
Bom, no segundo semestre meu pai avisou que não ia ter condições de a gente ficar em Taguatinga e tivemos que voltar para Porto Velho.
A despedida foi doída. Eu mesmo não queria voltar para Porto Velho. Já tinha toda uma amizade com o pessoal de lá. Infelizmente nesse tipo de coisa a gente não manda e lá deixamos uma boa amizade. Voltamos, porém, ficamos em Jaru, onde morava meu tio. Só depois de alguns dias é que realmente retornamos a Porto Velho, definitivamente.
De Taguatinga tenho ótimas lembranças e principalmente do Plano Piloto de Brasília, pois conheci todos os pontos importantes dali. O centro de Poder do país. Vez em quando voltamos à Brasília para visitar os parentes. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por nos enviar uma mensagem!