quarta-feira, 18 de maio de 2011

Professores e professores

Na nossa vida escolar topamos com alguns professores que são muito bons e outros nem tanto. Para minha felicidade os primeiros é que me foram apresentados. Por essa razão sempre fui ótimo aluno de matemática, física, biologia e até mesmo fui bem em física.
Inglês, por estudar desde cedo (meu pai foi professor de inglês quando lecionava) era uma facilidade só, então, pra ser um ótimo aluno não precisei muito (não achem que sou pedante tá, apenas um leve desvio de vaidade).
Mas mesmo assim eu tive alguns tropeços na escola. Lembro que na sétima série, no colégio Dom Bosco havia uma professora de Geografia, uma senhora portuguesa, que por um tempo me fez desgostar dessa disciplina. Juro que eu não conseguia entendê-la. Faço aqui uma confissão: foi a primeira e última vez que eu colei em uma prova. Estava de recuperação e não podia reprovar, senão perderia a minha bolsa integral. Passei. Mantive a bolsa, mas por outros motivos mudei de colégio.
Passei para o novíssimo colégio Einstein que estava em seu primeiro ano, e ali encontrei vários colegas do Dom Bosco. No novo colégio fui apresentado à uma nova disciplina, chamada INFORMÁTICA, isso em 1986. Não tive problemas com a matéria, mas por causa de uma colega que não apresentou o trabalho em grupo que fizemos acabei eu e meus outros colegas parando na recuperação. Passei com 9,5, mas não queria ver a menina nem pintada de ouro na minha frente.
Mas o troféu de professor – limão vai para uma professora de língua portuguesa e literatura do segundo ano, na escola Castelo Branco. Mudamos de sala algumas vezes por causa dela, porque, segundo ela, nós éramos bagunceiros demais, ficamos até em uma sala contígua à da diretora, depois voltamos à sala inicial. A nota do primeiro bimestre até mascarou o que vinha à frente. 8,5. Depois foi uma queda totalmente vertical. 3,5 e 2,5. Cheguei a tirar um 2,5 também em química, mas isso não me preocupava, afinal era química. O professor não era problema. Mas a professora de literatura era. Não conseguíamos nos entender. Era um cabo de guerra que até aquele momento ela estava levando a melhor. Claro que fui parar na prova final, e como era de se esperar eu estava aflito. Andava com vários livros da matéria e passava os tempos livres e intervalos estudando. Na prova, ela deu o nosso presente de natal antecipado. Repetiu a prova do quarto bimestre. Que já tínhamos corrigido em sala. Depois da surpresa inicial e da raiva que tive por ter estudado tanto para praticamente nada, fiz a prova e ainda tirei oito e meio.
Mas o estrago já estava feito. Nunca mais vi a literatura como antes. Logo eu que adoro ler. E isso me prejudicou até mesmo na faculdade de Letras. Literatura brasileira, inglesa e americana. Um terror. Mas os professores não tinham culpa. O trauma era antigo. Fui aluno mediano para medíocre.
O terceiro ano passei sem tropeços, talvez o ano mais fácil em toda minha vida escolar até aquele instante. Passei direto. Único aluno do turno da noite a conseguir isso. E eram duas turmas.
Claro que para esses que me fizeram detestar a disciplina tiveram outros que me fizeram adorar o estudo. Matemática era uma delas. O professor era ótimo. Bastava uma explicação e eu já estava pronto para prova. Passava no terceiro bimestre e nem fazia prova do quarto, para desespero de alguns colegas meus que ficavam nas carteiras atrás de mim, esperando uma cola. História era outra. Os professores eram bons. Passava sempre direto e por isso sempre fui chegado a qualquer história do mundo. 

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