quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

ser ou não ser, eis a questão

Eu tinha dezoito anos completos, estava terminando o ensino médio e meu pai ficava na pressão para eu encontrar um emprego, o que convenhamos, mesmo naquela época não era fácil. Quase todos os dias eu saía para entregar currículos nas empresas e ficar torcendo pra ser chamado. 
Bem, justamente nesta época surgiram dois concursos, um da Polícia Civil e outro para a UNIR, universidade Federal do Estado de Rondônia, o que era mais interessante, claro, assim como qualquer emprego federal, e, particularmente também me interessava mais, pois eu não me via como policial civil (eu não gostava). 
Devido a pressão interna, claro que fiz a inscrição para os dois. Depois, ao invés de estudar como qualquer um fui trabalhar com meu tio no município de Machadinho do Oeste - RO, que estava precisando de alguém para auxiliá-lo na papelaria e na escola de datilografia. Por causa dessa viagem perdi a data da prova da UNIR e, por razões óbvias, tive que me concentrar todo na prova da Polícia Civil, onde eu tinha feito a inscrição para escrivão de polícia (não sabia onde estava me metendo), já que eu era razoavelmente bom na máquina de datilografia. Mas mesmo assim ainda me sentia com o pé atrás. 
Não é que eu não gostasse, eu tinha um pouco de medo da Polícia Civil, talvez pelo fato de ter morado em um dos bairros mais violentos de Porto Velho, o bairro do Mocambo e pelas coisas que ali aconteciam (isso fica pra outra história). Mesmo assim, fiz a prova escrita e pra cada fase que eu achava que não passaria eu era surpreendido e era chamado para a próxima fase. 
Desta forma, fui para a Academia de Policia e em seguida tomei posse como escrivão de polícia. Este ano faço vinte anos de serviços prestados à Polícia Civil do Estado de Rondônia. E quer saber? Amo o que faço.

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